Apesar de estarem submersas há dezenas de anos estas árvores persistem como se nada as afectassem. Tudo em seu redor vai-se desmoronando sempre que água sobe, pedra a pedra as casas vão perdendo a sua identidade, mas estas árvores não, tornando-se uma espécie de fantasmas da aldeia. Fantasmas esses que só se retiram depois de tudo à sua volta deixar de existir. Até lá, sempre que o leito baixa lentamente, vão sugindo da água, parecendo grandes braços esticados como se de um pedido de ajuda se tratasse.
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